domingo, 7 de junho de 2009

Synecdoche, New York: as primeiras críticas

Com uma carreira que principiou em inícios da década de 1990, o nome Philip Seymour Hoffman só despertou a minha atenção aquando da estreia de Capote (2005), filme que lhe garantiu a atribuição de um Óscar de melhor actor. Antes disso, este intérprete já tinha participado, embora num papel secundário, em películas tão aclamadas como Magnólia (1999), The Talented Mr. Ripley (1999), Red Dragon (2002) ou Cold Mountain (2003).
Na verdade, mesmo reconhecendo-se o extraordinário trabalho realizado como Truman Capote, confesso que não foi o suficiente para Hoffman fazer parte da minha restrita lista de actores de primeira linha do cinema actual. Passados quatro anos e depois do visionamento de filmes como The Savages (2007), Charlie Wilson’s War (2007), e principalmente Before The Devil Knows You’re Dead (2007) e Doubt (2008), aprendi rapidamente a idolatrar as transcendentes interpretações deste artista da sétima arte.
Hoje, sem margem para qualquer dúvida, Philip Seymour Hoffman assume-se não como um grande actor do nosso tempo, mas sim como “o” actor dos tempos actuais, alternando facilmente desempenhos em filmes de enorme visibilidade com películas de registo independente. É a sua qualidade e versatilidade que lhe garantirá, com toda a certeza, uma brilhante carreira futura e o estatuto de estrela do cinema a recordar pelas próximas gerações.
Dito isto, confesso as minhas elevadas expectativas no respeitante à estreia dos seus próximos filmes, Synecdoche, New York (2008) e The Boat That Rocked (2009). Até lá, deixo aqui a opinião da crítica americana especializada sobre a primeira dessas duas fitas. À primeira vista, parece-me que tem causado sentimentos de difícil assimilação:

“It is a sprawling, ambitious and very long look at so many things, it's almost a miracle he was able to wrap it up in just two hours. And yet, for a film that is principally about death, the conclusion is surprisingly life-affirming, especially coming from Kaufman.” By Mariko McDonald (Film Threat)

“Sprawling, awe-inspiring, heartbreaking, frustrating, hard-to-follow and achingly, achingly sad movie.” By Carina Chocano (Los Angeles Times)

“Like most of Kaufman's work as a writer, Synecdoche, New York is a head trip that time and again returns to a place of real human emotion--in this case, to the idea that no matter how brilliant we may be or think we are, we're all looking for a little guidance (or, yes, direction) in life.” By Scott Foundas (Village Voice)

“Will mesmerize some and mystify others, while many will be bored silly. It's not a dream, Kaufman says, but it has a dreamlike quality, and those won over by its otherworldly jigsaw puzzle of duplicated characters, multiple environments and shifting time frames will dissect it endlessly.” By Ray Bennett (The Hollywood Reporter)

“A wildly ambitious and gravely serious contemplation of life, love, art, human decay and death, the film bears Kaufman’s scripting fingerprints in its structural trickery and multiplane storytelling.” By Todd McCarthy (Variety)

“Hoffman, Morton and Jon Brion's aching score somehow capture the all-too-human need to get things right. If you're in a certain frame of mind, those moments make up for all the stagecraft.” By Joe Neumaier (New York Daily News)

Sítio Oficial: http://www.sonyclassics.com/synecdocheny/

13 comentários:

Tiago Ramos disse...

Confesso que já vi o filme. É bastante complexo, de difícil assimilação e daqueles que nunca explica verdadeiramente tudo. Na minha opinião merece 4.5/5. Mas sei que vai originar opiniões muito distintas...

Ivo disse...

Tenho bastante curiosidade em ver este filme, mas pelo que também já ouvi dizer é um filme bastante complexo. E Hoffman está em grande como tem estado ultimamente.

Abraço!

Maria das Mercês disse...

Hoffman despertou a minha atenção em "Magnólia", de que gostei bastante. Tenho tentado ver tudo o que faz, não perderei este...

Unknown disse...

Confesso-te que estou ansioso para ver este filme. Ainda mais depois de visualizar as cinco estrelas atribuídas pela Empire. E Kauffman é uma espécie de génio. Basta ver o maravilhoso argumento do Eternal Sunshine...

Abraço

Fernando Ribeiro disse...

Confesso que estou curioso quanto a este filme.

Fifeco, as críticas da Empire nem sempre revelam aquilo que os filmes são. Têm, por vezes, notas muito elevadas para o filme em si.

Abraço

Filipe Machado disse...

Concordo com o Fernando. Nesse aspecto, a Total Film é mais fiável, apesar de preferir a leitura da GRANDE Empire!

Airton disse...

cara
num tinha visto fala ainda nao
hehehe
legal o post

passa la

http://publicandobr.blogspot.com

Anónimo disse...

é um filme extremamente difícil, daquele que ver uma vez apenas não basta.

mas gostei bastante do que vi, só que não posso considera-lo uma obra-prima ou coisa do genero. é sem dúvida, mais uma mostra da criativdade do kauffman e da IMENSA competencia do Seymour Hoffman.

o Philip S. Hoffman mandou mt bem tb como coadjuvante em Punch Drunk Love e 25th Hour, dois filmes excelentes.

ele fez o papel principal de um filme um tanto esquecido, mas bem interessante, chamado LOVE LIZA. vale mais a pena por ele do que pelo filme em si, na verdade.

Abraços!

Mário disse...

Reparei nele pela primeira vez num filme de que não me lembro o nome, em que contracenava com o Robert de Niro. Fazia o papel de um travesti e era fantástico.

já tens facebook filipe? senão mando-te um convite. podes lá juntar-te à causa Libertem o Entramula.
Abraço

Filipe Machado disse...

Mário,
Tens a minha resposta no Entramula!

Airton,
Sou um acompanhante assíduo do Publicando! :)

Nitzombies,
Concordo contigo. A filmografia de Philip Seymour Hoffman é muito mais completa do que aquela que referi. Por exemplo, gostei imenso da interpretação dele no 25th Hour.

Rafael Carvalho disse...

Já vi e achei péssimo, extremamente intelectualoide e sem muita emoção. O Kaufman quis fazer um filme complexo e acho que acabou distanciando o público da obra. Uma pena porque gosto bastante dos filmes roteirizados por ele.

hg disse...

Talvez por ter sido o primeiro filme em que reparei no senhor, quando me falam no Philip Seymor Hoffman lembro-me sempre do Hapiness e da sua personagem tão... tão... como dizer? Perdida?! Sofredora?! Desiquilibrada?! Solitária?! Desesperada?! Desenquadrada?! Só mesmo vendo o filme.
É realmente um senhor actor.
Em relação ao filme do Kaufmann já à data para Portugal?

Filipe Machado disse...

Hg, era suposto ter estreado a semana passada...