Esta importante informação é essencialmente dirigida ao grupo de pessoas que me acompanhou no visionamento de Austrália, especialmente o do sexo feminino. Pode, no entanto, apelar às minhas outras leitoras que se encontram solteiras, divorciadas ou viúvas, com idades compreendidas entre os 21 e os 56 anos ou com mais de 80 anos.
Não sei se recordarão o fatídico dia em que
afirmei que, depois de Austrália, ou melhor,
Austráááália (reforço a importância de dizê-lo de uma forma prolongada e pomposa),
um certo actor seria integrado no grupo de profissionais mais reconhecidos e bem pagos de Hollywood. Pois bem, afinal a “profecia” acabou por se concretizar mais cedo do que eu imaginara, e da pior forma…
Certamente não será segredo para ninguém a capacidade de Hugh Jackman para agitar as mais minúsculas e abnegadas hormonas femininas. Sim, aquele mesmo, o tal que me causou o esmagamento do tímpano direito na sala de cinema… Sim, aquele que no referido filme tinha péssimas competências de relacionamento interpessoal, salvo quando cuidava de éguas inglesas e de vacas australianas, e que motivou, no final da sessão, alguma euforia relativamente à sua tonificação muscular. “BELO HOMEM”, diziam algumas…
Muito recentemente, tive a oportunidade de
desmistificar um pouco essa ideia caprichosa de que certos homens já nascem com aqueles “atributos”: era necessário um exigente trabalho físico e um regime alimentar bastante rigoroso. Como referi na altura, o actor levanta-se diariamente por volta das quatro da manhã para ingerir 12 claras de ovos e a partir daí, de três em três horas, nutre-se de uma combinação explosiva de proteínas, muitos vegetais e arroz integral. Após o almoço, não pode ingerir hidratos de carbono, limitando-se ao peixe ou carne magra e aos legumes. No que ao exercício respeita, durante 6 dias por semana, às seis da manhã, faz uma sessão intensa de musculação com a duração de uma hora e meia, acompanhada por um
personal trainer.
Mas como dizia no início deste artigo, e volto a repetir, a “profecia” acabou por se concretizar mais cedo do que eu imaginara, e da pior forma…
Como habitualmente, por volta das 0h00, estava eu enrolado nos lençóis da minha cama a ler o último número da
Premiere portuguesa (nº 7, II série de Abril 2009), mais precisamente a página 45, quando fiquei a saber que este pobre actor – autêntico mártir nas mãos do personal trainer e desventurada vítima da cruel dieta alimentar – recebeu a miséria de um cachet de 20 milhões de dólares para interpretar Wolverine em
X-Men Origins… Trata-se simplesmente dos mais elevados vencimentos de um actor de primeira linha em Hollywood.
Contudo, não bastava ser confrontado com tamanha injustiça, como ainda venho a saber, alguns parágrafos mais à frente (página 46), que na rodagem do mesmo filme,
Liev Schreiber sentiu-se humilhado ao ser
obrigado a usar um fato de músculo para equiparar o seu porte muscular com o de Jackman. É realmente indecente…
Minhas queridas meninas, digo-vos muito sinceramente, este homem não merece a vossa admiração! É um mercenário e um destruidor dos maiores orgulhos de qualquer homem: o seu ego e a sua virilidade!