segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Drover: “Welcome to Australia!”

Fui ao cinema contemplar o Austrália! Melhor, Austrááááália!!! Melhor ainda, AustrÁÁÁÁÁÁlia!!! Este título deve ser pronunciado de uma forma pomposa, majestosa e muito prolongada. Trata-se de um ÉPICO de Guerra. Melhor, um grande Western. Melhor ainda, um filme de acção e aventuras. Mais, um melodrama familiar, uma comédia ligeira e um documentário sobre aborígenes. Não sei, cada um escolhe aquele que mais lhe satisfizer. Só não chamo animação porque não aparece o Papa-Léguas e o Coiote da Disney no meio do deserto, nem ficção científica, pois o feiticeiro que se esconde no alto do monte não possui uma nave espacial.

Na sala de cinema viu-se e ouviu-se de tudo. Desde as gargalhadas que esmagaram o meu tímpano direito, passando pelas lágrimas que escorreram pelo rosto da miúda na fila da frente, até aos “Buáááááás” do público devido aos feitos dos protagonistas.
Sem menosprezar o argumento, a fantástica fotografia (a real e a digitalizada), a excelente banda sonora e a interpretação do restante elenco, “gostei” principalmente do actor principal, o tal herói da fita. O seu olhar cerrado e atravessado, o vento a trespassar os seus fios de cabelo que compõem a franja (só nos diálogos mais profundos), as chamas e o fumo das explosões que iluminam os contornos do seu corpo másculo e viril, a barba por fazer e o suor a jorrar de cada poro da sua pele áspera.

Distribui pancadaria a quem lhe faz frente. Cowboy de profissão, sem competências no relacionamento interpessoal, pelos menos com pessoas, pois é exímio no tratamento de éguas inglesas e vacas australianas. Bebe rum como um cachorro, e só se lava quando calha, de preferência com uma esponjinha. Anda sempre de pernas escanchadas e braços afastados do corpo, dando a sensação de que tem uma tábua de madeira entre os membros inferiores e por baixo dos membros superiores. Também usa um chapéu e um chicote (onde é que eu já vi isto?). Beija muito bem, daqueles beijos bem demorados, debaixo de chuva intensa ou de céus nocturnos ultra-estrelados. Não sabe dançar, mas sabe dançar, pelo menos quando se digna a vestir fato branco e comparece, pela primeira vez na vida, num baile de alta sociedade… Belo HOMEM diziam algumas…

Não tenho dúvidas que, depois desta, Hugh Jackman será integrado no grupo de actores mais reconhecidos e bem pagos do mundo…

6 comentários:

Renata Correia Botelho disse...

Uau, béééélo homem sim senhor!!!

Foste ver exactamente o quê? Como é que se chamava mesmo o filme?

Eu avistei-te há dias: foi no serão em que fui ver - e saí regalada (e arregalada) do cinema - o Hugh Jackman, num filme cujo título já não recordo com facilidade... Uma cabeça não pode guardar tudo, né?! E a memória tem as suas prioridades!

Maria das Mercês disse...

Ahahah! Pois realmente confirma-se que cada um vê o que quer a partir da mesmíssima coisa. Tens razão, Filipe, o filme é um vasto "continente" de clichés; mas que regalou a vista (e aqui junto-me à voz lúcida e sincera da Renata), ai isso regalou. Podia era ter sido mais curtito!
E obrigada pelo comentário no PSSST!

Anónimo disse...

Ahahah! Fico aguardar outra oportunidade para esmagar o tímpano esquerdo.
No entanto, é sem dúvida um épico romântico.
Ai meu Deus, Hugh Jackman!

Anónimo disse...

Muito bem visto sim senhor! Não há dúvida que foi um bom momento de entretenimento, não apenas pelo Hugh Jackman, mas também por Brandon Walters. Gostei muito da interpretação do miúdo.

Unknown disse...

Pois, um excelente filme com um excelente protagonista que, em certa medida, faz relembrar Clark Gable.

O filme é muito interessante de facto e é uma viagem muito interessante aos épicos antigos.

Cumprimentos

Anita disse...

um filme maravilhoso a fazer renascer os épicos clássicos!!!Gostei muito!!