quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Copy + Copy = Paste

Quando soube que o grande Neil Marshall estaria a realizar um novo filme – Doomsday (2008), foi com enorme expectativa que aguardei a sua estreia. Afinal estamos a falar, em termos de realização, de uma das novas esperanças do cinema mundial do submundo do horror. Apesar de só muito recentemente ter atingido alguma fama, através da longa-metragem Dog Soldiers (2002) e, acima de tudo, através do The Descent (2005), o facto é que, com este último título, o inglês alcançou a proeza de dirigir uma das melhores películas de terror da última década. Esqueçam a febre dos remakes de filmes japoneses; as intermináveis sequelas de Saw; os “filminhos” sobre a perseguição de serial killers a um grupo de adolescentes e o frenesim das películas com vampiros e zombies. The Descent – A Descida é um filme espectacularmente claustrofóbico e alucinante, com pouca luz e mosqueado de humor negro, misturando a escuridão com alguns pavores psicopatológicos triviais. Tudo elaborado de uma forma simples, directa e chocante.
Ou seja, a fasquia estava elevadíssima para a terceira aventura cinematográfica deste realizador. Devo dizer que me desiludi profundamente… Doomsday é dos filmes menos originais e frustrantes dos últimos tempos… E não afirmo isto de ânimo leve, pretendo apresentar aqui provas concretas! Começo por decifrar o título desta publicação: Mad Max + 28 Days Later = Doomsday. É exactamente isto, sem tirar nem pôr… Bom, talvez tirando a qualidade dos dois primeiros filmes mencionados. Mas vamos às demonstrações:

1) A semelhança exagerada dos posters com tons avermelhados.



2) O combate contra um gigante com máscara de ferro.



3) A grande perseguição com automóveis modificados.






4) O radicalismo visual dos perseguidores.






5) O rapidíssimo veículo automóvel preto do protagonista.



6) O vilão do filme anda com um homem atrelado.




E não bastando estas terríveis analogias, devo acrescentar que, tanto o Doomsday como o 28 Days Later, se passam numa Grã-Bretanha propositadamente isolada do mundo (Escócia e Londres, respectivamente); decorrem no futuro; começam devido ao alastramento de um vírus; e os seres humanos infectados gostam especialmente de comer carne humana (rebeldes e zombies, respectivamente).

Não serão coincidências a mais, ou estarei a exagerar? Neil Marshall, esperávamos muito mais!

Já agora, não me peçam para falar das bandas sonoras...
3,5/10

4 comentários:

Anónimo disse...

Por acaso ainda não vi o 28 Days Later, mas concordo contigo, Doomsday mais parece um Mad Max de 4ª categoria. Muito fraquito. Falando disso, li no outro dia que estão a pensar fazer mais uma sequela da saga do Mad Max. Será verdade?

Renata Correia Botelho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Renata Correia Botelho disse...

Anda lá... Fala-nos, já agora, das bandas sonoras!...

PS: o comentário anterior era meu (igual a este), mas eliminei-o sem querer... Foi da emoção de vir fazer esta solicitação!

Renata Correia Botelho disse...

A pedido de muitas famílias, continuamos à espera de algumas palavrinhas sobre as bandas sonoras...